O festival, em sua terceira edição anual, consolida-se como um espaço privilegiado para a produção e reflexão crítica em torno da chamada "cultura da mobilidade", priorizando a utilização consciente das mídias móveis para fins de construção de formas de compartilhamento de conhecimento, de acesso à informação e à arte, com a inserção de experiências no espaço público em uma programação que explora as possibilidades criativas de iniciativas nesse campo.
A arte não está mais no mesmo lugar
Em 2008 enfatizamos os deslocamentos que ocorrem entre arte, tecnologia e sociedade. O que se configurava antes como um universo de experiências mais facilmente compreendidas no campo da arte, hoje se amplia, expandindo nossa própria noção do que vem a ser a arte e seus espaços, lugares e ferramentas. Movimentam-se os conceitos, surgem novos paradigmas e desafios.
As atividades do Vivo arte.mov procuram abordar esse dinamismo, levando em conta novas perspectivas de distribuição e compartilhamento de informações em rede.
A programação se inicia antes mesmo do festival em uma série de eventos interconectados, compostos por mostras, palestras e oficinas, visando fortalecer ambientes de estímulo à produção, acesso às técnicas e discussão dos conceitos envolvidos nas vertentes de vídeo, microcinema e mídias locativas. Tal iniciativa deverá resultar na formação de uma rede de colaboração, fomento, formação, difusão e reflexão crítica com relação ao uso criativo das mídias móveis.
O simpósio internacional, que constitui a parte da programação voltada para a reflexão e discussão de questões que envolvem o universo da utilização da tecnologias móveis e de rede - incluindo as problematizações que eventualmente acompanham o tema - abordará temas relativos ao uso dos equipamentos de comunicação móvel na distribuição de conhecimento, acessibilidade, inserção social e os efeitos destas tecnologias na transformação ativa e consciente da realidade.
Dentre os nomes e artistas que irão compor a programação de 2008, podemos adiantar a apresentação do game interativo Can You See Me Now? do grupo britânico Blast Theory, em uma versão especialmente concebida para a cidade de Belo Horizonte.
A atuação do festival segue baseada na formação de público e de novos realizadores, bem como no fomento ao pensamento crítico e no estímulo a pesquisas e criações que busquem refletir as transformações ocorridas a partir da disseminação das tecnologias de comunicação móvel.
Postado por: Felipe Ávila
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